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Conhecendo as Frutas Cítricas

  • Kevin Costa Miranda
  • 3 de mar. de 2024
  • 4 min de leitura

As frutas cítricas ou citrinos são frutas comuns nas refeições do brasileiro, quer seja in natura ou na forma se de sucos e sobremesas. Essa categoria de frutas nesse vasto universo de frutas exibe cores vibrantes e aromas. Podemos citar como exemplo, o abacaxi, o abiu, a acerola, a ameixa, a amora, o caju, o cupuaçu, a framboesa, a groselha, a jabuticaba, o kiwi, a laranja, o limão, o marmelo, a toranja, o morango, a nêspera, o pêssego, a romã, o tamarindo, a tangerina (mexerica), a acerola, entre outros.


Hoje, falaremos sobre os atributos que tornam essas frutas tão notáveis, explorando as nuances de seus sabores e revelando os benefícios que essas frutas proporcionam à saúde. Diversas substâncias encontram-se presentes nas frutas cítricas, como as vitaminas, em especial a vitamina C, que é essencial para o funcionamento do sistema imunológico, ajudando a prevenir infecções, os flavonoides, que apresentam propriedades antioxidante e anti-inflamatório, e as fibras que contribuem para a regulação do trânsito intestinal e no controle do açúcar no sangue.


Dentre os principais produtores dessas frutas encontram-se: Brasil, China, Índia, México, Espanha e Estados Unidos. Aproximadamente 34% da produção de laranja e 61% do total de suco produzido no mundo têm origem no Brasil.


Dentre seus principais atributos, as árvores dessas frutas geram flores de cor branca e aromáticas, folhas verde-escura reluzentes, e frutos de dimensões, configurações e tonalidades diversas. Em linhas gerais, são marcadas por frutos de formas ligeiramente achatadas, grande suculência e uma abundância de óleos essenciais.


Para o crescimento dessas frutas, alguns elementos são essenciais, como temperatura e luminosidade durante o período de desenvolvimento dos frutos. A faixa de temperatura adequada varia entre 23 a 32°C. Em certas frutas cítricas, a vitalidade e a durabilidade são beneficiadas por climas mais suaves, impactando na qualidade e quantidade de frutos.


O sabor característico das frutas cítricas é ácido e refrescante devido à presença de ácido cítrico, no qual acrescenta um toque distintivo às frutas, tornando-as populares em uma variedade de pratos e bebidas.


Em relação à saúde, as frutas cítricas apresentam inúmeros benefícios. Muitas frutas cítricas têm cores vibrantes, como o laranja das laranjas, o amarelo ou verde dos limões e o laranja-avermelhado das grapefruits. Essas cores brilhantes são indicativas de substâncias antioxidantes, como carotenoides e compostos fenólicos.


Dentre os compostos fenólicos abundantes, destacam-se as hesperidinas e as narigeninas. Os compostos fenólicos desempenham um papel significativo na coloração, adstringência, fragrância e estabilidade oxidativa das frutas cítricas, influenciando diretamente o sabor, odor e coloração, sendo aplicados como agentes flavorizantes e corantes. Além disso, apresentam propriedades bioativas, como ação antioxidante, que contribuem para a prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas.


Os pigmentos carotenoides marcam presença nas frutas cítricas, conferindo coloração, e também oferecem benefícios cruciais para a saúde e nutrição. Esses componentes têm a capacidade de prevenir a perda óssea e o surgimento de doenças crônicas, além de contribuir para a redução da gordura visceral e desempenhar uma atividade provitamina A. Os carotenoides, como o betacaroteno, luteína e zeaxantina, desempenham um papel essencial na prevenção de condições oftalmológicas. Entre os carotenoides encontrados estão o β-caroteno, α-caroteno, β-criptoxantina e licopeno. O β-caroteno, que confere a tonalidade alaranjada à laranja, tangerina e alguns limões.


Quanto aos ácidos orgânicos, destacam-se o ácido cítrico e málico. Entretanto, também são identificados em proporções menores os ácidos succínico, lático e oxálico. Nos sucos, prevalece a presença do ácido cítrico, enquanto nas cascas podem ser observados ácido málico, malônico, oxálico, entre outros.


A vitamina C, ou ácido ascórbico, encontra-se abundantemente nas frutas cítricas, oferecendo proteção contra a oxidação descontrolada no ambiente aquoso da célula, devido à sua elevada capacidade redutora. Além disso, facilita a função intestinal devido ao alto teor de fibras solúveis presentes na polpa e no bagaço. A quantidade de vitamina C varia de acordo com o tecido, a fase de desenvolvimento do fruto e a variedade. Dado que o ser humano é inteiramente dependente da ingestão de vitamina C, uma vez que o organismo é incapaz de sintetizá-la, a deficiência nutricional dessa vitamina pode resultar na enfermidade conhecida como escorbuto. Esta condição é caracterizada por dificuldade na cicatrização de feridas, anemia, sangramento gengival e fadiga, podendo, em casos extremos, levar à morte. As recomendações diárias no Brasil de ingestão de vitamina C (IDR) no Brasil são de 45 mg para adultos, 30 a 35 mg para crianças de 1 a 10 anos, 55 mg para gestantes e 70 mg para lactantes (BRASIL, 2005).


Em relação aos minerais, encontramos uma variedade de minerais nas frutas cítricas, incluindo cálcio, fósforo, magnésio, potássio, enxofre, sódio, ferro, manganês, níquel, boro, silício, cobre, zinco, molibdênio, selênio, cobalto, cromo, germânio e arsênio. O teor de cálcio presente nessas frutas contribui para a manutenção da estrutura óssea, promovendo uma formação muscular e sanguínea saudável.   


Dessa forma, podemos dizer que as frutas cítricas são verdadeiros tesouros nutricionais, proporcionando uma riqueza de substâncias fundamentais para a nossa saúde, destacando-se a vitamina C, minerais e antioxidantes. O consumo regular dessas frutas está relacionado a benefícios para o sistema imunológico, saúde cardiovascular e prevenção de diversas doenças, especialmente quando combinado com a prática regular de atividade física. Além disso, as propriedades antioxidantes presentes nessas frutas desempenham um papel crucial na redução do risco de doenças crônicas e no estímulo a um envelhecimento saudável. Por isso, descasque mais e desembale menos!

 

Referências bibliográficas:

 

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NUTRIÇÃO. Colher saber. E-book nº 45. Porto: Associação Portuguesa de Nutrição; 2017.

 

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 269, de 22 de setembro de 2005. Regulamento técnico sobre ingestão diária recomendada (IDR) para proteína, vitaminas e minerais. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 2005.

 

DOMINGUES, E. T. Caracterização morfologica, agronomica, isoenzimatica e por rapd de variedades de laranja doce - Citrus sinensis (L.) Osbeck. Tese (Doutorado). 1998. Universidade de São Paulo. Piracicaba, 1998. 251p.

 

DGLAB. Polifenóis: o que são, quais os tipos, e onde encontrar? 2021. Disponível em: <https://dglab.com.br/blog/polifenois/>.

 

MIRANDA, A. F. Determinação dos teores de flavonas e flavanonas em cascas de frutas cítricas cultivadas no Brasil. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências). Rio de Janeiro: UFRJ/IQ, 2013.

 

SACHINI, R. Teores minerais e compostos antioxidantes em frutos de cultivares de macieira. 2019. Dissertação (Mestrado). Universidade do Estado de Santa Catarina, 2019. 70p.

 

SILVEIRA, K.G. Caracterização físico-química e bioacessibilidade de compostos fenólicos de sucos e cascas de laranja e limão. 2019. TCC.  Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2019. 56p.

 
 
 

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