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Polyanna Oliveira

Gordura trans natural x industrial

Atualizado: 16 de mai. de 2021

por Polyanna Oliveira

Como falamos no nosso post anterior, as gorduras trans podem ter origem natural ou industrial, Você sabe a diferença entre elas? Vem que a gente te explica!


As gorduras trans naturais também conhecidas como ácidos graxos trans, são um tipo de gordura insaturada produzida a partir da fermentação de bactérias em animais ruminantes (vacas, bois, cabras, carneiros, entre outros), e pode ser encontrada nos alimentos oriundos destes animais como carnes, queijos, manteiga, iogurtes e leite integral.


Já a gordura trans é produzida industrialmente durante o processamento tecnológico chamado de hidrogenação parcial de óleos vegetais ou durante o aquecimento excessivo destes óleos vegetais, como em processos de fritura de alimentos.


A principal fonte de gordura trans industrial é o ingrediente conhecido como gordura vegetal parcialmente hidrogenada, presente em produtos alimentícios como biscoitos (recheados, de maisena e de polvilho), salgadinhos, alimentos fritos, batata palha, margarinas, sorvetes, macarrão instantâneo, tortas, pipoca de micro-ondas e em diversos produtos de panificação, como folhados e alguns pães de queijo e de batata.


Quando encontrada de forma natural nos alimentos, essa gordura trans -representada por um conjunto de ácidos graxos chamado de ácido linoleico conjugado (CLA) apresenta efeitos positivos para a saúde humana, como manutenção do sistema inflamatório e a redução do armazenamento de gordura no tecido adiposo. Mas, o consumo da gordura trans de origem industrial, representada, principalmente pelo ácido elaídico, é muito prejudicial à saúde e maior pela população, o que traz uma preocupação para as organizações governamentais de saúde.


Durante muitos anos, acreditava-se que os óleos e gorduras parcialmente hidrogenados (trans industriais) seriam opções mais saudáveis que a gordura saturada. Hoje, cientistas apontam para riscos à saúde decorrentes desse consumo, como aumento do colesterol ruim (LDL) no organismo e redução do colesterol bom (HDL), gerando fatores de risco para doenças no coração, aumentando a mortalidade por essa causa. Além de aumentar o risco para o desenvolvimento de acúmulo de gordura no fígado, doenças gastrointestinais, obesidade e câncer.


Esse assunto está tão sério que desde 2004, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra preocupação com essa gordura e vem publicando recomendações e estratégias globais para reduzir o consumo de gordura trans, e o Brasil de forma gradativa irá reduzir a quantidade de gordura trans industrial dos alimentos processados e ultraprocessados até 2023, quando esta deverá ser retirada totalmente dos produtos.


Sendo assim, por ora, os alimentos processados e ultraprocessados no geral, ricos em gordura trans industrial, devem ser evitados, devemos priorizar a alimentação natural, variada e colorida com todos os grupos alimentares, evitando excessos e assim, estaremos promovendo nossa saúde! Continuemos descascando mais e desembalando menos!


Referencias:


BRASIL. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Publicada norma sobre gordura trans nos alimentos. Brasília, DF 2019. Disponível em:<http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/anvisa-aprova-controle-de-gordura-trans-em-alimentos/219201?p_p_auth=T3AFibTm&inheritRedirect=false> Acesso em 24/08/2020.


BRASIL. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 332, de 23 de dezembro de 2019. Brasília, DF 2019. Disponível em:<http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/4379119/RDC_332_2019_.pdf/6c0d81d8-98ab-4d94-93cc-4a65f59168a0>Acesso em 24/08/2020.


Mourão D. M.; Monteiro J. B. R.; Costa N. M. B.; Stringheta P. C.; Minim V. P. R; Dias C. M. G. C. (2005). Ácido linoléico conjugado e perda de peso. Revista de Nutrição, v.18 no.3

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