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Proteína Animal x Proteína Vegetal

  • Larissa Ruiz e Jéssica Trezza
  • 18 de abr. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 16 de mai. de 2021

Por Larissa Ruiz e Jessica Trezza


Você já ouviu falar em proteínas completas e incompletas? Sabe que existem diferenças entre a proteína de origem animal e a de origem vegetal? Então, não continue com essas dúvidas e venha aprender mais sobre as proteínas.


A proteína é uma fonte de nutriente muito importante para o metabolismo do corpo humano. É necessário o seu consumo em quantidades ideais para o correto funcionamento do nosso corpo. Segundo a OMS (WHO, 1995), o consumo ideal diário de proteínas é de 0,75 g/kg de peso para adultos, homens ou mulheres.


As proteínas exercem funções fundamentais em praticamente todos os processos biológicos do corpo humano. São as macromoléculas biológicas mais abundantes e representam o principal componente estrutural e funcional de todas as células do organismo.


Antes de falar sobre as proteínas animais e vegetais, é importante você saber que elas são formadas por uma variedade de 20 aminoácidos diferentes. Os aminoácidos presentes no nosso corpo podem se dividir em dois grupos: os aminoácidos essenciais (que o organismo não consegue produzir) e os não essenciais (que o organismo consegue produzir). Existem 9 aminoácidos essenciais, que o organismo não é capaz de sintetizar e, por isso, precisam ser obtidos pela dieta.


Além de outras classificações, as proteínas podem ser classificadas de acordo com seu valor nutricional. As proteínas completas são aquelas que possuem os aminoácidos essenciais nas proporções necessárias ao organismo. E as proteínas que apresentam deficiência em um ou mais aminoácidos essenciais são denominadas proteínas incompletas. Através da alimentação, nós conseguimos fornecer estes 9 aminoácidos essenciais para o nosso corpo.


As proteínas animais (ovos, carnes e lácteos), na maioria das vezes, contêm todos os aminoácidos essenciais e, por isso, são chamadas de proteínas completas. Já os alimentos vegetais não possuem todos os aminoácidos essenciais, geralmente, possuem um ou mais aminoácidos limitantes, sendo chamados de proteínas incompletas.


Mas você sabia que é possível comer uma refeição só de alimentos vegetais e, ainda assim, conseguir uma alimentação com a ingestão de todos os aminoácidos essenciais assim como nas proteínas completas? Isso é possível com a complementação de proteínas. Calma, não é nada complicado. Vamos dar um exemplo para facilitar: o famoso feijão com arroz que o brasileiro adora. Isso porque o arroz (grupo dos cereais) contém menos lisina (aminoácido essencial), enquanto que o feijão (grupo das leguminosas) tem grandes quantidades desse aminoácido. Da mesma forma, as leguminosas possuem menos metionina (outro aminoácido essencial), que é abundante nos cereais.

Quando essas proteínas incompletas são combinadas e consumidas em quantidades suficientes, as necessidades do organismo, em relação aos aminoácidos, são atendidas e temos em uma mesma refeição a ingestão de todos os aminoácidos essenciais para o funcionamento do nosso corpo.


Além disso tudo, também é importante saber sobre a digestibilidade das proteínas. Para simplificar, basta saber que, se você consumir 100 gramas de proteína e depois eliminar 30 gramas pelas fezes, isso quer dizer que a proteína que você ingeriu tem 70% de digestibilidade.


Geralmente, a digestibilidade das proteínas animais é maior do que as vegetais. Isso acontece porque alguns vegetais possuem componentes que dificultam a digestão da proteína, como a parede celular da planta, por exemplo. As carnes, ovos e leite apresentam digestibilidade em torno de 95%, enquanto que alguns grãos e cereais, como o arroz, o grão-de-bico e a ervilha oferecem cerca de 80% de digestibilidade.


E, agora que você conhece melhor os tipos de proteínas e já sabe como combiná-las, o que acha de aproveitar o tempo dessa quarentena e elaborar um prato mais nutritivo? Depois nos diga as combinações que você criou!

Referências:


DASSOW, C.; SAMPAIO, G. R.; FARIA, A. M. M. Substitutibilidade entre Alimentos Proteicos: Estimando as Mudanças no Consumo de Proteínas de Origem Animal e Vegetal no Brasil no Período 2002-2008. Anais do XLIII Encontro Nacional de Economia [Proceedings of the 43rd Brazilian Economics Meeting], ANPEC - Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia, 2016.


SLYWITCH, E. (2017) Alimentação sem carne: guia prático: o primeiro livro que ensina como montar sua dieta vegetariana. 2 ed. São Paulo: Alaúde Editorial.


TIRAPEGUI, J.; ROGERO, M. M. Metabolismo de proteínas. Fisiologia da nutrição humana. Aspectos básicos, aplicados e funcionais, p. 69-109, 2007.


WHO. 1985. Energy and protein requirements: Report of a joint FAO/WHO/UNU expert consultation. Geneva: World Health Organization.


 
 
 

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